VIA SANGRADA: UMA VERSÃO DA VIA SACRA - 2003
Beré Lucas
Beré Lucas

Acorda meu povo acorda
Pra minha história escutar
O meu canto é meu lamento
De dor vestido ele está
Acorda meu povo acorda
Pra escutar meu lamento
Minha história é de verdade
Provo tudo, não invento
1º) Condenação
Na bacia desta história
Muita água vai sujar
Muitos lavam suas mãos
Outros mais vão pilatar
Entre o bem e o mal
Não tendo como julgar
A omissão toma conta
Se ausenta de avaliar
Entre Jesus Cristo
E o ladrão Barrabás
Entre o povo oprimido
Os que andam a explorar
A gente faz vista grossa
Faz de conta não olhar
E é conivente com tudo
Postura não devemos tomar
Purgando a alma
"Que devo fazer deste homem"
Foi Pilatos perguntar
Que devemos fazer nessa vida
Nos pomos a indagar
Muitas vezes nessa vida
Sem posição tomar
Atiramos os outros na arena
Pra multidão devorar
Se assim foi com Cristo
Com nosso irmão fazemos par
Jogamos ele na arena
Pra multidão devorar
Se assim foi com Cristo
Fazemos com nosso irmão
Jogamos ele na arena
E expurgamos o coração
Pedras em telhado de vidro
Sem mesmo encontrar culpa
Nós criamos condenados
E assim como Pilatos
Flagelamos nossos culpados
Uma coroa de espinho
Pela lei toda amparada
Vira nossa própria lei
De sangue toda banhada
E mesmo não sendo culpado
Crucificamos nosso irmão
Pregar o outro na cruz
Lava nossa própria mão
Maria vai com as outras
Às vezes condenamos os outros
Sem mesmo saber por quê
Condenamos porque condenamos
Tudo por bel prazer
E o pior é quando
Conchavamos com o poder
Massacramos nosso próximo
Com medo de sempre perder
Tantos inocentes como Cristo
Vieram a padecer
Por nossa omissão
Por termos medo de perder
2º) O peso da cruz
"O que escrevi está escrito"
Sentenciou Pilatos
O que fizemos está feito
Endossa os nossos atos
Ao condenar nosso irmão
Fazemos que nem Pilatos
E entregamos aos outros a cruz
Simplesmente por estarmos fartos
E a inscrição que escrevemos
É que nos condena de fato
Agimos com egoísmo
Por isso somos tão parvos
3º) Primeira queda
Sempre há uma primeira vez
No caminha dessa estrada
Em que caímos sozinhos
Não podendo apoiar em nada
E nos atiramos no chão
Nessa louca empreitada
Que há sempre uma queda
Que nunca é esperada
4º) Jesus encontra a mãe
Com o coração partido
Os olhos banhados de pranto
Quando menos esperamos
A mão vem ao encontro
Que mãe é coisa sagrada
Faz das tripas coração
Enfrenta tudo no mundo
Pra poder nos dar a mão
E assim como Maria
Senhora mãe de Jesus
No mundo tem tantas Marias
Carregando a sua cruz
5º) Cirineu
Em direção ao calvário
Carregamos nossa cruz
Drama cruel de viver
Onde não impera luz
Mas que repente
Naquilo que não reduz
Aparece um Cirineu
Amigo que nos conduz
E alivia o peso
Da cruz que carregamos
Esse é um grande amigo
Naquilo que acreditamos
6º) Verônica
No caminho dessa vida
Por sofrimento marcada
Há sempre uma pessoa
De forma consternada
A enxugar nosso rosto
De sangue e suor banhado
Onde imprimimos nosso rosto
De forma sofrida e truncada
7º) Segunda queda
Se caímos uma primeira vez
Por certo pode acontecer
Cairmos uma segunda vez
Nessa vida de sofrer
8º) Consola as mulheres
Se às vezes encontramos
Mulheres tão consternadas
A lamentar nossa dor
No caminho dessa estrada
Não devemos nos complacer
Sem perder nosso brio
Pois dói mais que a nossa dor
A dor de um outro filho
9º) Terceira queda
Onde não há justiça
O ódio vai imperar
E o cansaço toma conta
Não tem como aguentar
Que o peso da cruz
Vai nos arremessar
Pelo chão dessa vida
Sem ter como levantar
10º) Despido das vestes
Se quisermos humilhar um homem
Expô-lo de forma vulgar
É só despí-lo das vestes
Pras chagas logo brotarem
Feito que nem Jesus
Nos sentimos humilhados
Pelados em tudo na vida
Pelos que nos tem trucidado
11º) Pregado na cruz
Estendido sobre o lenho
No calvário dessa vida
Às vezes crucificamos
De forma não permitida
O nosso próprio irmão
E pra alívio da alma
Martelamos longos pregos
Sem um pingo de mágoa
12º) Morte na cruz
Às vezes suspiramos
Não por alívio encontrado
Mas porque nossa alma cansada
Vai aos poucos se apartando
Do corpo todo cansado
De tanta flagelação
E assim como Jesus
Expiramos corações
13º) A descida
Entre dois ladrões
O Cristo crucificado
Por José de Arimatéia
Teve o corpo confiscado
Descido da cruz sem vida
O corpo todo flagelado
Foi abraçado pela mãe
E com um beijo de dor selado
14º) O sepultamento
Envolto em lençol limpo
O corpo do pobre coitado
Foi cuidadosamente lavado
Pra então ser sepultado
Enterrado o corpo
Em seguida foi velado
Sob uma pedra jaz o Cristo
Sobre o Cristo o pecado
15º) Ressurreição
Na nossa vida diária
Quando está tudo acabado
Ressurgimos das cinzas
De maneira renovada
Assim foi com Jesus
Que ressurgiu após a morte
Um vivo entre os mortos
Que nos indica um norte
E que em meio à miséria
Injustiça dor e sorte
Miremos nesse Jesus
E nos façamos mais fortes
Que nesse mundo cruel
Onde sempre impera a injustiça
Devemos unir as mãos
Naquilo que nos atiça:
Que a verdade entre nós
Mesmo correndo o risco
Seja sempre nossa meta
Como a verdade de Cristo
E que a justiça entre os homens
Venha sempre a brilhar
E liberte todos os povos
Onde a paz irá reinar.
Pra minha história escutar
O meu canto é meu lamento
De dor vestido ele está
Acorda meu povo acorda
Pra escutar meu lamento
Minha história é de verdade
Provo tudo, não invento
1º) Condenação
Na bacia desta história
Muita água vai sujar
Muitos lavam suas mãos
Outros mais vão pilatar
Entre o bem e o mal
Não tendo como julgar
A omissão toma conta
Se ausenta de avaliar
Entre Jesus Cristo
E o ladrão Barrabás
Entre o povo oprimido
Os que andam a explorar
A gente faz vista grossa
Faz de conta não olhar
E é conivente com tudo
Postura não devemos tomar
Purgando a alma
"Que devo fazer deste homem"
Foi Pilatos perguntar
Que devemos fazer nessa vida
Nos pomos a indagar
Muitas vezes nessa vida
Sem posição tomar
Atiramos os outros na arena
Pra multidão devorar
Se assim foi com Cristo
Com nosso irmão fazemos par
Jogamos ele na arena
Pra multidão devorar
Se assim foi com Cristo
Fazemos com nosso irmão
Jogamos ele na arena
E expurgamos o coração
Pedras em telhado de vidro
Sem mesmo encontrar culpa
Nós criamos condenados
E assim como Pilatos
Flagelamos nossos culpados
Uma coroa de espinho
Pela lei toda amparada
Vira nossa própria lei
De sangue toda banhada
E mesmo não sendo culpado
Crucificamos nosso irmão
Pregar o outro na cruz
Lava nossa própria mão
Maria vai com as outras
Às vezes condenamos os outros
Sem mesmo saber por quê
Condenamos porque condenamos
Tudo por bel prazer
E o pior é quando
Conchavamos com o poder
Massacramos nosso próximo
Com medo de sempre perder
Tantos inocentes como Cristo
Vieram a padecer
Por nossa omissão
Por termos medo de perder
2º) O peso da cruz
"O que escrevi está escrito"
Sentenciou Pilatos
O que fizemos está feito
Endossa os nossos atos
Ao condenar nosso irmão
Fazemos que nem Pilatos
E entregamos aos outros a cruz
Simplesmente por estarmos fartos
E a inscrição que escrevemos
É que nos condena de fato
Agimos com egoísmo
Por isso somos tão parvos
3º) Primeira queda
Sempre há uma primeira vez
No caminha dessa estrada
Em que caímos sozinhos
Não podendo apoiar em nada
E nos atiramos no chão
Nessa louca empreitada
Que há sempre uma queda
Que nunca é esperada
4º) Jesus encontra a mãe
Com o coração partido
Os olhos banhados de pranto
Quando menos esperamos
A mão vem ao encontro
Que mãe é coisa sagrada
Faz das tripas coração
Enfrenta tudo no mundo
Pra poder nos dar a mão
E assim como Maria
Senhora mãe de Jesus
No mundo tem tantas Marias
Carregando a sua cruz
5º) Cirineu
Em direção ao calvário
Carregamos nossa cruz
Drama cruel de viver
Onde não impera luz
Mas que repente
Naquilo que não reduz
Aparece um Cirineu
Amigo que nos conduz
E alivia o peso
Da cruz que carregamos
Esse é um grande amigo
Naquilo que acreditamos
6º) Verônica
No caminho dessa vida
Por sofrimento marcada
Há sempre uma pessoa
De forma consternada
A enxugar nosso rosto
De sangue e suor banhado
Onde imprimimos nosso rosto
De forma sofrida e truncada
7º) Segunda queda
Se caímos uma primeira vez
Por certo pode acontecer
Cairmos uma segunda vez
Nessa vida de sofrer
8º) Consola as mulheres
Se às vezes encontramos
Mulheres tão consternadas
A lamentar nossa dor
No caminho dessa estrada
Não devemos nos complacer
Sem perder nosso brio
Pois dói mais que a nossa dor
A dor de um outro filho
9º) Terceira queda
Onde não há justiça
O ódio vai imperar
E o cansaço toma conta
Não tem como aguentar
Que o peso da cruz
Vai nos arremessar
Pelo chão dessa vida
Sem ter como levantar
10º) Despido das vestes
Se quisermos humilhar um homem
Expô-lo de forma vulgar
É só despí-lo das vestes
Pras chagas logo brotarem
Feito que nem Jesus
Nos sentimos humilhados
Pelados em tudo na vida
Pelos que nos tem trucidado
11º) Pregado na cruz
Estendido sobre o lenho
No calvário dessa vida
Às vezes crucificamos
De forma não permitida
O nosso próprio irmão
E pra alívio da alma
Martelamos longos pregos
Sem um pingo de mágoa
12º) Morte na cruz
Às vezes suspiramos
Não por alívio encontrado
Mas porque nossa alma cansada
Vai aos poucos se apartando
Do corpo todo cansado
De tanta flagelação
E assim como Jesus
Expiramos corações
13º) A descida
Entre dois ladrões
O Cristo crucificado
Por José de Arimatéia
Teve o corpo confiscado
Descido da cruz sem vida
O corpo todo flagelado
Foi abraçado pela mãe
E com um beijo de dor selado
14º) O sepultamento
Envolto em lençol limpo
O corpo do pobre coitado
Foi cuidadosamente lavado
Pra então ser sepultado
Enterrado o corpo
Em seguida foi velado
Sob uma pedra jaz o Cristo
Sobre o Cristo o pecado
15º) Ressurreição
Na nossa vida diária
Quando está tudo acabado
Ressurgimos das cinzas
De maneira renovada
Assim foi com Jesus
Que ressurgiu após a morte
Um vivo entre os mortos
Que nos indica um norte
E que em meio à miséria
Injustiça dor e sorte
Miremos nesse Jesus
E nos façamos mais fortes
Que nesse mundo cruel
Onde sempre impera a injustiça
Devemos unir as mãos
Naquilo que nos atiça:
Que a verdade entre nós
Mesmo correndo o risco
Seja sempre nossa meta
Como a verdade de Cristo
E que a justiça entre os homens
Venha sempre a brilhar
E liberte todos os povos
Onde a paz irá reinar.
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